sábado, 17 de novembro de 2012

Conheça a micropigmentação, técnica mais moderna que a maquiagem definitiva

Reprodução, site Charm Beauty Spa/ hagah / 

Falhas na sobrancelha, olhar inexpressivo, boca pálida. Pensando em corrigir de uma vez por todas esses probleminhas estéticos as mulheres procuram a maquiagem semipermanente, como também é chamada a micropigmentação. A técnica é diferente que a popular maquiagem definitiva, normalmente feita com os mesmos aparelhos e tintas de uma tatuagem tradicional. A micropigmentação é menos agressiva, atinge as primeiras camadas da pele, enquanto a tatuagem penetra até a hipoderme, camada mais profunda. Além disso, a tinta utilizada na maquiagem permanente tem moléculas maiores, deixando a aparência mais natural. “O aparelho de tatuagem fura, o de maquiagem vibra e arranha”, traduz a maquiadora Márcia de Lourdes Vieira,  mais conhecida como Marcinha, no Danilo Cabelereiros, ela trabalha com esse tipo de maquiagem há 28 anos.
É importante ressaltar que apesar do profissional utilizar os aparelhos corretos, ele pode divulgar seu trabalho como maquiagem definitiva, entretanto o termo correto seria semipermanente ou micropigmentação.
A maquiagem é uma grande aliada da mulher por realçar a beleza do rosto, suavizar a expressão e até rejuvenecer. A esteticista Evonice Schelske, 54 anos, fez maquiagem definitiva há 16 anos por causa da praticidade, já que a maquiagem sempre fez parte de sua rotina. Mas ela não aconselha a todos. “Eu sou bem branquinha, tenho cílios bem clarinhos, então fiz na pálpebra superior. Na inferior eu não gosto porque complica, às vezes quem faz tem o olho muito pequeno e com o o delineador na parte de baixo dá impressão de fechar mais ainda o olho”, esclarece. Ao longo dos anos, ela teve de fazer um retoque, entretanto, hoje e dia prefere mater com a henna, um pigmento natural. “ A cor dura um mês, e é boa porque não tem química”, explica Evonice. A henna é uma opção indicada para quem é extremamente sensível a componentes químicos, e sofre de alergias.
Além da busca pela praticidade, a professora e administradora Leci Maria Corrêa, 48 anos, recorreu à maquiagem permanente para aperfeiçoar o visual. Anualmente ela renova as sobrancelhas, o delineador nos olhos precisou retocar apenas uma vez. Testou a pigmentação de cílios, mas não gostou muito. “Dura pouco, um mês ou dois no máximo. E como tenho poucos cílios quase não apareceu. Talvez quem tem cílios maiores apareça melhor”,  compara Leci. Nos lábios, ela também não achou interessante pois o efeito sai logo. Para ela, na região dos lábios é melhor passar lápis de maquiagem tradicional. “E na boca não fica perfeitinho como o delineador. Nos olhos eu achei o máximo porque a durabilidade é imensa!”, conta. 


Leci tem maquiagem semipermanente no contorno dos olhos (delineador), nas sobrancelhas e no contorno dos lábios.

Outro uso da micropigmentação é na medicina estética para camuflagem de cicatrizes, reconstrução das auréolas dos mamilos e até para disfarçar vitiligo (quando estável). Para esconder uma cicatriz, é necessário esperar que ela tenha atingido total definição de cor, tempo estimado de dois anos. Nas auréolas são usadas cores diferentes do tom da pele, então a micropigmentação pode ser realizada assim que a paciente for liberada por seu médico.
Cuidados para evitar arrependimentos e complicações
- A tinta, seja ela fabricada no Brasil ou importada, deve ser regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária(ANVISA) assim como aparelhos, agulhas e acessórios usados nos procedimentos.
- A agulha deve ser descartável. Atente para que o profissional abra a embalagem na sua frente e também para a higiene do local.
- Por mais que a simulação não fique idêntica a aplicação real, antes de se iniciar o processo é indicado que se faça um esboço com uma tinta removível para prever o resultado.
- Converse com o profissional escolhido para saber como proceder antes, durante e depois.
- Informe-se sobre o tipo de tinta e a cor que será introduzida.
- Verifique os trabalhos que o profissional já realizou, pergunte sobre suas especializações.
Dor
O processo dói, mas é possível optar por uma preparação com anestésicos não injetáveis.
Mudança de cor
Para escolher a cor ideal o profissional deve considerar o tom da pele e a quantidade de melanina. É imprescindível o uso de tinta específica. Estes são dois passoas básicos para que a cor não sofra modificações indesejáveis. Ainda assim, existe o risco.
As alterações de cores que podem ocorrer serão do preto para o azulado, do cinza chumbo para o azul e do marrom para o acinzentado, vermelho ou laranja.
Retoques
Periodicamente a pele passa por renovação celular, um processo natural, por isso com o tempo a pigmentação enfraquece até sair. Há quem demore muito a precisar de retoque, pois ele depende da técnica utilizada e do tipo de pele ou possíveis alterações cutâneas. A durabilidade varia de pele para pele. “Em pele jovem e firme dura menos, na pele envelhecida dura mais anos”, explica Marcinha. Falta de cuidados específicos com a cicatrização do procedimento podem fazer com que sejam necessários mais retoques.
Para quem serve
Qualquer pessoa pode se submeter a micropigmentação. A técnica só é barrada se houverem lesões no local a ser aplicado ou hipersensibilidade aos componentes da tinta.
Desvantagens
Remover é mais difícil e caro do que aplicar a maquiagem permanente. É feita através de sessões de laser com um dermatologista. Por isso é tão importante escolher um profissional qualificado e experiente. “Tem gente que aprende em cursos, mas não tem noção de estética. Daí, por exemplo, só sabe fazer o formato do olho redondo. Mas, se a pessoa já tem o olho pequeno vai parecer menor ainda! E a maquiagem tem truques pra deixar o olho maior”, alerta Evonice.

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