terça-feira, 13 de novembro de 2012

Gorduras do bem


As gorduras sempre são assunto quando falamos em dietas, porém elas não podem faltar e uma dieta equilibrada deve conter até 30% do total diário de calorias em forma dessa temível inimiga da boa forma. Essa informação se baseia nas importantes funções que ela desempenha na saúde humana.
As gorduras são nutrientes tão essenciais quanto as proteínas ou carboidratos. Algumas delas não trazem benefícios à saúde, como é o caso das gorduras saturadas e hidrogenadas, que estão associadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Contudo, outras são protetoras e úteis na prevenção das mesmas doenças.
Segundo a endocrinologista Ellen Simone Paiva, é preciso saber diferenciar as gorduras. “Daí a importância de esclarecer que quando dizemos 30% de gordura na dieta, precisamos também definir a que tipo estamos nos referindo, pois apenas 7% da gordura da dieta pode ser saturada, tornando muito diferente o ato de comer picanha ou azeite no cálculo de uma dieta saudável”.
Tipos de gorduras
Gorduras saturadas estão presentes em todos os alimentos de origem animal como o leite integral, queijos, iogurtes, carnes vermelhas, pele de frango e embutidos.
Gorduras insaturadas podem ser monoinsaturadas ou poliinsatruradas e são constituídas dos óleos vegetais e azeite, castanhas, sementes oleaginosas, como a linhaça, e alguns peixes, como salmão, truta, cavala, arenque, sardinha e atum fresco. Dentre elas devemos destacar as gorduras poliinsaturadas – ômega 3 e ômega 6 - uma vez que são consideradas essenciais e não podem ser produzidas pelo nosso corpo, sendo então parte obrigatória de uma dieta saudável.
Na balança
Muito se fala sobre os malefícios das gorduras e por isso muitas pessoas resolveram abolir o óleo vegetal do preparo dos alimentos e descrevem como vantagem o fato de estarem cozinhando sem ele. “Os óleos vegetais são a principal fonte de gorduras essenciais em nossa alimentação e sua retirada do cardápio pode levar à perda da proteção que ele exerce sobre o organismo, tanto do ponto de vista cardiovascular, quanto imunológico”, diz. Logo, a melhor saída é o consumo equilibrado de gorduras boas e a redução das gorduras “do mal”. 
Apesar do conhecimento do grande valor nutritivo e terapêutico dos óleos vegetais, principalmente pela sua riqueza em ômega 3, é preciso cautela. “O consumo de qualquer gordura em excesso pode elevar em demasia o valor calórico dos alimentos, transformando dietas muito saudáveis em extremamente calóricas, aumentando então o risco da obesidade, que conseguiria ofuscar todo o benefício das gorduras do bem”, conclui Ellen Paiva.

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