quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Contos eróticos


SIM, EU JÁ SOU SUA
Por Liz E* (*o nome foi trocado a pedido da autora)

Sinto sua presença. Minha respiração está ofegante e as mãos trêmulas. Um certo pavor toma conta de mim.“O que ele vai inventar agora?”, pergunto-me. Meu corpo estremece. Tudo em mim o reconhece e pulsa como se seu corpo se agarrasse novamente ao meu. Não sabia o que viria, mas me preparei como Christian pediu: apenas com uma meia-calça preta rendada, sem calcinha ou sutiã, o que me deixava extremamente exposta e ressaltava o salto alto preto que ele havia exigido.

– Ah, Srta. Steele, você está aprendendo rápido, muito bom! 
Mal sinto o gosto de seu beijo e num ímpeto de força e domínio, Christian me agarra pelos cabelos, inclinando meu dorso para trás, num movimento que me pressiona contra a parede. Enquanto ele se livra de suas roupas apressadamente, desvio o olhar e aprecio seu peito nu. Suas mãos procuram algo ao meu redor, como se fosse tirar uma coisa da gaveta ao meu lado. Tento olhar:

– Quieta, não se mexa!

Merda... um pavor absurdo toma conta de mim. Escuto o som de metais que são revirados, e sinto o frio de uma lâmina que está bem embaixo de mim, entre minhas pernas. Minha defesa é uma contração imediata. Fecho as pernas para me proteger.

– Abra as pernas. – Ele diz.

Obedeço com boa amplitude e sinto em suas mãos uma tesoura que logo vai cortando a meia calça, num círculo caprichoso entre uma parte de minha bunda e a vulva. Ela está
totalmente desnuda, à sua disposição. Seus dedos me penetram, o movimento é firme e mais uma vez meu corpo me denuncia: estou molhada, pulsando. Ele afasta ainda mais as minhas pernas com a cabeça. Sinto sua boca em meu clitóris.

– Ai... você me mordeu!
– Você gosta!
 – Diz, em tom severo. – Sim, Anastasia, você me quer!

Começo a sentir prazer e penso em me entregar, mas sinto o primeiro golpe: Christian me acerta com seu cinto entre as pernas. Não me machuca, mas deixa claro quem está no controle da situação.

– Hoje não vou te deixar marcas, te prometi, certo? – Diz, como quem abria mão de um direito sobre mim. Não consigo entender o que está acontecendo. Não reajo.
Imóvel, absorvo mais algumas cintadas. Prefiro não contá-las.O meu desejo estranhamente aumenta. Sim, eu estava aprendendo rápido, após aquela dor só imaginava o seu pau novamente a me penetrar e era nisso que me concentrava. Quanto mais ele batia, mais pronta para ele eu ficava! Sóposso ter enlouquecido...
Mas era só o começo. Logo, mais um comando:

– De joelhos, de quatro para mim! – Ordena.

A mesma cinta me enlaça o pescoço. Não posso olhar para ele, entendo que não devo provocá-lo, pois sempre há umpreço a ser pago.O piso frio abaixo de mim... joelhos e mãos apoiados ao chão,cabeça arqueada para baixo,meu cabelo cobre meur osto.Tudo é tão fantasioso que eu quase sorrio. Christian me conduz de um lado para o outro pelo pescoço, comodamente preso pelo seu cinto, e eu aguardo apenas por uma ordem sua:

– Agora beije-me os pés! – Diz com frieza, aproximando-se mais ainda de mim.

Prontamente cumpro. Beijo delicadamente todo o dorso do seu pé. Penso em ir além e acariciá-lo com minha língua molhada por entre seus dedos. Quero que ele perceba meu desejo, porém nada seria de acordo com minha vontade, quem manda é ele, que me puxa repentinamente... Merda, pensei, “o que fiz?”. Seu tom era inflexível:

– Ah, Anastasia, por acaso pedi para me lamber? Limpe isso já!

Cumpro imediatamente a ordem. Limpo com as minhas próprias mãos, ainda sem jeito, como uma criança que ofereceu seu brinquedo e o teve lançado fora impiedosamente.

– Empinada para mim! – Diz, corrigindo minha postura.

Projeto a bunda para cima o máximo que posso. Não há mais em mim pudor ou vergonha, acho que nunca houve, desde o primeiro momento com ele. Aos seus olhos nada posso esconder e sinceramente nem sei se quero... Naquela mesma posição, sou novamente conduzida pelos corredores da casa. Minha visão, porém, é limitada. Engatinhando, sinto um pequeno tapete na entrada. Enfim, algo macio... Sou colocada em frente a uma cama e ele retira calmamente aquilo que até então adornava meu pescoço. Permaneço ajoelhada. Lentamente, suas mãos percorrem meu corpo. Seu toque me faz contorcer de tanto desejo e pergunto:

– Posso tirar os sapatos? – Christian nada diz e aquilo, então, é um sim.

Com um movimento brusco ele rasga e arranca o que sobrou da meia calça. Sinto a fúria que ele emprega naquele momento. Lançou meu tronco sobre a cama. Percebo seu perfume pelos lençóis. Logo, porém, toca-me delicadamente e acaricia minha bunda, contemplando as marcas vermelhas que se projetam na minha pele branca, percebendo que as cintadas foram além do que havia planejado.

– Tire os brincos. Quero você totalmente nua para mim, Srta. Steele. 
Sinto novamente sua respiração próxima. Esse homem me enlouquece. A voz, ora grave, ora suave, fazia-me arder! Já não sinto dor, minha mente não pensa em nada do que aconteceu até ali. Apenas espera o prazer que somente aquele homem,que aindanemao certo sabiaquemera, poderiamedar. Um arrepio de prazer me invade novamente, sinto sua boca junto a minha nuca, seu corpo totalmente inclinado sobre o meu. Por dentro, imploro para que ele finalmente me possua... subimos juntos pela cama na mesma posição. Agora sim, empino mais ainda minha bunda para ele. Quero sentir novamente seu gozo em mim...

– Deseja mesmo que eu lhe foda novamente, Anastasia? – Pergunta indiferente a todo meu desejo tão explícito .
– Ah... – Gemo já agonizante, totalmente molhada. – Quero muito Christian...
Logo sinto a força do seu pau a me penetrar vigorosamente, – Quero mais... – Balbucio e me seguro com as mãos entre os arcos do encosto da cama. Estou absorvendo o movimento cada vez mais frenético, parecia romper-me por dentro... um joelho apoiado na cama, a outra perna prende meu quadril e ajusta sua pélvis contra a minha bunda, cada vez mais intenso... e mais e mais forte... Segura meus cabelos e puxa ainda mais meu corpo contra o seu:

– Você sempre será minha, Anastasia... Sinto todo seu prazer dentro de mim.
– Venha tomar conta do meu corpo... – Logo um encaixe que me faz sentir o interior de minha vagina, é como um toque que preenche e logo esvazia... e sinto de novo e de
novo... essa sensação vai se ampliando cada vez mais e explode em mim, isso é quase uma convulsão, um tremor... um gozo intenso... hummmmm!!!! Christian, num gemido contido, denuncia o seu êxtase, o que se traduz num suor que percorre sua pele. Seus braços agora me envolvem, já não prendem apenas meu corpo contra o seu e, sim, sustentam aquela maravilhosa propulsão do ápice de retê-lo teso entre minhas pernas como se pudéssemos prolongar infinitamente aquela sensação... Meu corpo relaxa finalmente, inerte e deliciosamente abandonado! 
– Sim, eu já sou sua... 


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