quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Preguiça x libido


Sexo é um dos parâmetros utilizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para definir a qualidade de vida de uma pessoa. De acordo com os médicos, praticar essa atividade prazerosa com frequência traz benefícios à saúde. Mas o que fazer se o desejo adormeceu e dá preguiça só de pensar?

A rotina estafante que enfrentamos a cada dia, com as obrigações no trabalho, em casa, ou o estresse com as contas a pagar, entre outros motivos, são os grandes responsáveis pelo desgaste físico e mental. Ao final do dia, tudo o que se quer é um merecido descanso e não sobra energia pra mais nada. Se o casal não tomar uma atitude, poderá se acomodar, e então a relação correrá perigo. “Para uma relação sexual satisfatória, tempo e disposição são necessários. É preciso que pelo menos um dos parceiros sinalize o desejo. Caso contrário, efetiva-se o jogo do ‘deixa-que-eu-deixo’, a frequência fica à mercê de fatores alheios à vontade e o sexo torna-se obrigação”, diz Franciele Minotto, terapeuta e ginecologista obstetra, da Clínica Crescer, em Rondonópolis (MT).

Nós somos as mais afetadas

 “Muitos pacientes (principalmente do universo feminino) chegam ao consultório com queixa de baixa libido, mas o que ocorre em pelo menos 20% dos casos é preguiça sexual, se não de um, de ambos”, observa a terapeuta. Ela diz que a proporção é de dez mulheres para dois homens: “A fase da vida influencia bastante, por exemplo, a época de filhos pequenos consome mais energia, o que pode levar ao desgaste ou à preguiça.”

Como diferenciar a falta de libido da preguiça?

São duas situações diferentes. “Perda de desejo é quando a mulher diminui a capacidade de ficar estimulada sexualmente”, diz a especialista. “Preguiça sexual é quando ela responde adequadamente e satisfatoriamente a estímulos, tem pensamentos eróticos e fantasias, mas não os coloca em prática ou os adia, assim como fazemos com academia ou dieta – mesmo sabendo que é bom, adiamos indefinidamente para amanhã”, ilustra.

É claro que, ocasionalmente, a preguiça pode acontecer, mas se ela se tornar frequente na sua cama, é hora de reagir! Tudo aquilo que não nos acostumamos a fazer não sentimos tanta falta. O mesmo ocorre com a atividade sexual: quanto mais adiamos, menor a vontade de praticar, e corre-se o risco de nos acomodarmos nessa situação. 

“Se a falta de disposição persiste por mais de três meses, ou se um dos parceiros sentir-se abandonado e demonstrar insatisfação, é hora de procurar ajuda”, orienta a especialista.

Aumente a libido e mande a preguiça para longe

Da mesma forma que a falta de prática dá preguiça, o sexo frequente estimula o desejo. “Experiências positivas são fatores facilitadores de novas experiências”, comenta a especialista. Então, mesmo que falte disposição, faça um esforço de realizá-lo. E lembre-se: não leve seus problemas diários para a cama, desligue-se!

Reservem momentos para relaxarem juntos e darem risada. Sair com os amigos pode ser uma boa opção para flertar com o próprio parceiro e reviver o clima de namoro.

Outra dica infalível é ir para a cama um pouco mais cedo. Isso mesmo, sentir desejo tem a ver com se preparar para o sexo. “Reservar o horário nobre para o sexo nos mantém mais ativos sexualmente. Deixá-lo para a hora de dormir, fazer dele a última coisa do dia, facilita o adiamento indefinido para amanhã”, alerta Franciele.

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