Apesar do nome potencial hidrogeniônico, o pH nada mais é do que o índice que mostra se uma substância é ácida, neutra ou básica. Para isso, existe uma escala que vai de 0 a 14, sendo que o 7 corresponde às substâncias neutras. Abaixo desse número encontram-se as concentrações ácidas e, acima, as alcalinas.
De acordo com o Guia de condutas sobre a higiene íntima feminina, lançado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, o pH normal da pele, inclusive da região íntima, é ácido, e varia entre 4,0 e 5,5, dependendo da área do corpo. “Essa característica funciona como uma ‘capa’ protetora, que garante maior resistência aos processos inflamatórios, infecciosos ou alérgicos. E mesmo que a pessoa entre em contato com micro-organismos, eles raramente conseguem se desenvolver e causar algum dano”, explica a ginecologista e obstetra
Denise Gomes, da clínica Plena Clínica, em São Paulo, e membro da Febrasgo.
Região íntima e desequilíbrio
Segundo a médica, existem vários fatores que podem desequilibrar o pH da região íntima, como o contato com um pH diferente, a relação sexual ou a queda no sistema imunológico. “Quando isso acontece, aumentam os riscos de irritação, coceira, inchaço, aumento de secreção e até infecções”, diz a ginecologista.
Ainda de acordo com a Febrasgo, os sabonetes em barra costumam ser alcalinos, e essa alcalinidade pode agredir a camada protetora da pele na região genital. Daí o Guia recomenda os sabonetes líquidos, hipoalergênicos e que produzam pouca espuma, caso dos íntimos, a fim de limpar suavemente e garantir o equilíbrio do seu ph.
Nenhum comentário:
Postar um comentário